sexta-feira, 6 de novembro de 2009

CURSO: ARTIGO DE OPINIÃO


Mulher, o sexo frágil. Será?

Erra muito quem, ao pensar nas mulheres brasileiras hoje, visualiza a dona-de-casa, conformada e satisfeita com sua dependência econômica e submissão ao marido, ou a espera de um. Como também erra, embora menos, quem pensa só na trabalhadora: já no mercado ou buscando entrar, a contragosto suportando a experiência estafante da dupla jornada.
A surpresa com que os noticiários se referem às mulheres que conquistaram, por direito próprio, os seus lugares de destaque nas Forças Armadas, nas polícias, nas áreas tecnológicas. Portugal de após-Abril, com a engª Maria de Lourdes Pintassilgo, mostra ao mundo a primeira mulher européia no papel de primeiro-ministro e por pouco não a apresentava também como Presidente da República!
Suporte de famílias inteiras, lavando escadas, cerzindo, limpando escritórios. Ao volante de potentes carros de corrida, lançadas no universo das velocidades ou como grandes nomes femininos se evidenciam no desporto, dos cem metros livres ao lançamento do que quer que seja, mulheres guerreiras, independentes.
“Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”. Esse é um dos artigos da Lei n° 11.340, de 07 de agosto de 2006.
Elas estudam mais e, além disso, conciliam diferentes tarefas, seja no trabalho, seja em casa, cuidando do lar, filhos e marido, lutam também por melhorias como: creches nos locais de trabalho, de cursos dentro da jornada normal de trabalho, melhores oportunidades de trabalho.
Segundo a reportagem do Jornal O Liberal do dia 22 de setembro de 2009, as mulheres com filhos de até quatro anos podem ter mais dificuldades para encontrar trabalho. Pesquisa da Catho on Line, empresa de recrutamento e seleção, feita entre março e abril deste ano, identificou aumento no número de selecionadores de pessoal com objeções nessa faixa etária. Segundo o levantamento, feito via internet com 16,2 mil pessoas de todo país, em 2009, 50,6% dos participantes com cargo de presidente ou diretor de empresas manifestaram algum grau de objeção ante 39,7% observados há oito anos.
A consultora de recursos humanos Rosa Alba Bernhoeft tem oura percepção. Segundo ela, as mulheres diferentemente dos profissionais masculinos, não investem tanto para chegar ao poder. “Entre competição ferrenha e uma aposição menor, mas na qual seu talento seja reconhecido, ela irá preferir a segunda opção”, afirma a especialista.

“Elas estudam mais e, além disso, conciliam diferentes tarefas, seja no trabalho,seja em casa, cuidando do lar, filhos e marido.”

Enfim, as mulheres, a cada dia, vão-se acotovelando, tanto quanto os homens, mas com a sua sensibilidade, femininas, mas não frágeis, em busca de seu espaço, de igualdade.


Iraní Rodrigues Bandeira, 37, professora de Língua Portuguesa e Literatura, participou do Curso Artigo de Opinião na Diretoria de Ensino de Americana, docente da E.E.DR.João Thienne, convidada especial para esta edição da revista “M”.

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