terça-feira, 20 de outubro de 2009

CURSO: ARTIGO DE OPINIÃO


O curso foi moldado nos termos da Resolução SE 62/05 de 09/08/2005 e Portaria Conjunta CENP/DRHU de 27/9/2005 cujas atividades foram elaboradas em sequências didáticas, para serem trabalhadas em oito encontros, de 3 horas presenciais cada, esquematizados individualmente, prevendo as atividades que seriam realizadas, os materiais e recursos necessários, bem como as atividades extraclasses que seriam desenvolvidas em uma hora de trabalho semanal.
Cada encontro foi cuidadosamente planejado, pois minha maior preocupação era a de apresentar um trabalho de qualidade que fosse ao encontro das expectativas dos cursistas. Nesses encontros foram realizadas atividades em grupo, em duplas e individuais, produziram artigos, pesquisaram e debateram temas polêmicos, exercitaram a argumentação.
Um aspecto bastante positivo foi à possibilidade da interação das diversas áreas possibilitando um espaço interdisciplinar enriquecedor para o grupo, mesmo sendo a maioria composta por professores de Língua Portuguesa, porém, mostrando-se notória a busca de profissionais de outras áreas pela formação e atualização no campo da leitura e escrita.
Houve até participantes que atuam como gestores, ficando expresso a preocupação desses profissionais em se manterem atualizados e informados.
Depoimentos
Os professores cursistas em seus depoimentos relataram que mudaram sua prática educativa em sala de aula, aplicando os procedimentos metodológicos desenvolvidos na seqüência didática, uma professora do Ciclo I disse que não sabiam como trabalhar artigos de opinião, pois lhe faltava mais conhecimento e achava muito difícil, trabalhar esse gênero com alunos de 4ª série, agora já não pensa assim,. creio que o mito de que ‘artigo de opinião’ é muito difícil, foi desmistificado, pois alguns até mudaram de “opinião” e escreveram artigos de opinião como verdadeiros articulistas.
Agradeço a Supervisora Ivonete pela parceria e apoio, assim como a presença da Dirigente de Ensino Maria de Lourdes Padilha em alguns momentos valorizando ainda mais o nosso trabalho.

Parabéns!! Turmas A e B

Vamos conferir!!!!!!!!
PCOP de Língua Portuguesa: Graciana cunha

Artigo de opinião


PROFESSOR, MÍDIA E ESTIGMAS
Anna Teresa R.M.A.Gouvêa


A mídia, via telas que emolduram imagens, embasa-se num processo semiológico de efeito instantâneo e impactante e age em cumplicidade com as leituras imediatas, efetuadas, algumas vezes, no ritmo dos tempos diacrônicos das “janelas” que se abrem e fecham no piscar de mouses, ou no digitar das teclas dos controles obedientes das TVS, e por que não dizer, nos espaços escassos e disputados das páginas diagramadas dos jornais e revistas carregadas de imagens em ação, que realizam sinapses, perpassando, a todo momento, por indícios verbais e não verbais.
Dentro desse universo plurissignificativo, focaliza-se, em close-up, uma personagem que emerge estereotipada num processo que faz com que o fabricado pareça real, registrando-se, assim, na História, a imagem do professor que, de mestre produtor de conhecimentos, reduz-se a simples transmissor de hipóteses fragmentadas, que lhes caem às mãos como dádivas enlatadas e condimentadas em série.
Apresentam-se sempre com o mesmo sabor e para que se complete essa metáfora, associemos a ela a própria etimologia da palavra saber, que se origina do latim nas mesmas bases de sabor. Assim, ao se definir o atual processo educacional sob a ótica da linguagem poética, poderíamos compará-lo como uma refeição “fast-food”, que é rapidamente servida e ingerida para que se atenda às necessidades básicas de conhecimentos necessários a uma cultura globalizada.

Quanto ao professor e sua imagem construída, se vamos buscá-lo, comecemos pela ordem cronológica do tempo e a partir de sua origem lexical e teremos um fio comum de significados que foram se estratificando ao longo dos tempos. Entre os lexemas que se avizinham no dicionário, à palavra profissão, juntemos, então, professor e proficiência e teremos, assim, o professor como o indivíduo que ensina ciência ou arte enquanto que proficiência é o conhecimento cabal e perfeito, maestria com que se avalia,discute e executa alguma coisa e, para finalizar a analogia, vem o último vocábulo, profissão, que no dicionário aparece com os seguintes significados: “ato ou efeito de professar; confissão pública: ato solene pelo qual alguém faz votos; técnico e intelectual de conhecimentos.”
Começa a se delinear aqui uma dicotomia que, se olhada de perto, é um paradoxo perfeitamente aplicável à situação real de vida pessoal e profissional do professor, sujeito (ou não) de sua própria história e se estamos falando de imagem que é “fabricada”, consideremos o efeito alcançado pela mídia em cima de uma categoria enfraquecida em suas bases. Seria o professor um profissional imbuído de vontade missionária e de obstinada dedicação voluntária, capaz de professar verdades em nome de um idealismo manipulado e manipulador que lhe é imposto garganta abaixo?
Há possibilidades de se referendar e mensurar essa imagem estratificada desde os primórdios históricos do mercantilismo, onde a necessidade de expansão e domínio levou a uma mudança econômica e consequentemente social, o que demandaria,uma visão foulcaultiana, que traz à tona doutrinas e sistemas de apropriação que se tornam nítidos.É nesse contexto que o professor segue seu fadário e como Prometeu acorrentado, sofre os castigos que lhe são impostos pelos deuses.
Não sejamos inocentes, sabemos muito bem quem eram e quem são hoje os Zeus e os abutres, que dia após dia, dilaceram-lhe o fígado.
Nunca foi tão clara e atual a visão de Geraldi, em seu livro “Portos de Passagem”, onde a escola e o mestre não mais se constituem pelo saber que produzem, mas sim por um saber produzido e, assim, nós educadores,mesmo que sem querer,somos coniventes nesse processo que nos coloca como capatazes eficientes e transmissores de conhecimentos prontos e envelopados em currículos e “cartilhas” distribuídas bimestral e anualmente.Jogo cruel que nos obriga a cavar nossa própria sepultura negando-nos os direitos autorais de nossas ações nas salas de aulas.
Não percamos de vista, porém, a grande vilã dessa história, a mídia, que, ao longo dos tempos,realizou o seu papel em diferentes contextos e que muito tem contribuído para que se solidifique essa imagem sucateada e desacreditada do professor, destituído de sua função maior de orientar e conduzir seus educandos nas pesquisas e na construção de seus próprios conhecimentos.
Esse estereótipo intencionalmente enfraquecido e deturpado do educador (e da educação) salta dos periódicos cotidianos: jornais e revistas, televisão, destacando se também nas telas do cinema e para exemplificar, dentre tantos textos fílmicos, citemos apenas alguns clássicos que vão desde o “Anjo Azul”, na década de 30, até “Ao mestre com carinho”, década de 70, que produziram e reproduziram conceitos e preconceitos Confirmam–se, assim, os estigmas da subprofissão, e da figura patética, muitas vezes casta, despolitizada, celibatária na profissão/sacerdócio, onde, como herói assume a missão de ensinar.
Hoje, após tantos descréditos e descasos, há quem anteveja o professor como categoria em extinção. Penso que existirão perdas, entendidas aqui mais como transformações, porque é tempo de despertar para uma nova identidade que se constrói ao ser construída, exigindo de aprendiz e educador um consciente e constante posicionamento, uma maior criticidade e o desejo forte e legítimo de buscar, nas pesquisas e projetos, enfim, no ato de educar, um aprimoramento do saber, além, é claro, do resgate da autoestima e da dignidade profissional, só assim teremos de volta a legítima identidade que se perdeu ao longo dos tempos.


Anna Teresa R.M.A. Gouvêa, 49, mestra em Educação pela UNICAMP, é professora efetiva de Língua Portuguesa pela Rede Pública Estadual, E.F.II e E.M., atuando, também, na Rede Particular de Ensino - Colégio D.Pedro II, Americana, SP
Curso: Artigo de opinião - turma B








CURSO: ARTIGO DE OPINIÃO



A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA



A gravidez na adolescência e um assunto que preocupa pais e ê a realidade para muitos jovens. Ela não e' um problema exclusivo de nossos dias, nossos caçavam aos l5 ou l6 anos e começavam a procriar, e ninguém daquela época achava que isso pudesse ser um problema, pois as gestações eram discadas. O que se preocupa, nos dias atuais são os crescentes números de gestações indesejáveis na adolescência.

O despertar da sexualidade se dá na adolescência é uma fase, imatura e muito voltada para o apelo corporal, o jovem desperta para o sexo oposto sem distinguir e escolher alguém, mas pelo simples apelo sexual que o outro sexo representa, e a de se destacar o uso e abuso da sexualidade nos meios de comunicação de massa e isso estimula ainda mais o adolescente, que já está fisiologicamente sensível a esses estímulos, sem contar que há um comércio que vive e promove todo tipo de facilidades para encontros íntimos, isso quando eles não acontecem nas próprias casas.

Penso que os jovens são vitimas do desamparo afetivo, e a família e o estado se omite de verdadeira mente orientá-lo, e até contribui para a desorientação, favorecendo e facilitando uma situação de promiscuidade ou, no mínimo de iniciação sexual precoce.

Profª Isabel Pereira da Silva
Língua Portuguesa
Ministra aulas na Escola Magi
Curso artigo de opinião -turma A

Será que o aborto é realmente um crime?
Atualmente, o aborto é um dos temas que mais polêmica gera na sociedade em que vivemos. O aborto é um ato de desrespeito a vida, de um ser em defesa e só poderia acontecer em caso de estupro principalmente em mulheres bastante jovens e sem a menor estrutura psicológica e por não terem meios de sustentar uma criança e dar lhe uma vida digna.
Será que é crime gerar uma criança que vai nascer sem o mínimo de condições e viver em sofrimento ou até mesmo morrer?
O artigo 128 de Código Penal dispõe que não se pune o crime de aborto nas seguintes hipóteses.
1- Quando não há outro meio para salvar a vida da mãe;
2- Quando a gravidez resulta em estupro.
Ainda a vários projetos em votação e de acordo com a opinião pública o instituto de pesquisa Datafolha em 2007 (do jornal Folha de São Paulo) realizou um estudo estatístico que revelou que 65% dos brasileiros acreditam que a atual legislação sobre o aborto não deve ser alterada. Em uma pesquisa mais específica realizada pelo instituto Vox Populi para a revista carta Capital revela que 65% dos brasileiros acreditam que a atual legislação sobre o aborto não deve ser alterada, enquanto 16% disseram que deveria ser expandidas para permitir a prática de outras causas, 10% que o aborto deveria ser descriminalizado e 5% declaram não terem certeza de sua posição sobre o assunto.
Matar é crime e abortar é matar.

Flavia Diogo Domiciano Pinheiro,
Professora de língua Estrangeira Moderna (Inglês).

CURSO: ARTIGO DE OPINIÃO

Maioridade Penal
Por: Aparecida Elizabete Garcia Rubira de Oliveira

Juventude atrás das grades: como estamos lidando com o futuro do nosso país?

Desde o caso da menina morta em Rio Claro por um tiro na cabeça vindo da arma do criminoso menor, que a discussão sobre a maioridade penal volta à tona. Mas ela não é a solução, em minha opinião.
O sistema penitenciário do Brasil é falho, tanto que mais da metade dos jovens (56%) que cometem uma infração, voltam a ser incidentes. Aliado a isso tem a pobre educação e problemas de distribuição de renda, tornando a adolescência uma fase sem oportunidades para muitos jovens de baixa renda (em maior numero entre os infratores, 70%).
A questão debatida pela maioria dos favoráveis dessa redução é que o jovem desde os 16 anos já possui consciência dos seus atos, mas essa não é a questão que devemos debater, mesmo que seja aprovada. Os jovens ainda continuarão a cometer crimes e punição mais severa não é a solução uma vez que a maioria dos criminosos comuns também é reincidente.
A solução para esse problema é em longo prazo, porem, é eficaz: devemos estruturar melhor o sistema de educação publica, alem de oferecermos mais oportunidades para os jovens (especialmente em renda) e o incentivarmos a buscar um futuro melhor.

Devemos por fim entender, que a motivação dos jovens a ir para o mundo do crime, é a mesma de muitos problemas do Brasil (em especial a criminalidade): a falta de um sistema eficiente que de oportunidade mesmo aos mais pobres. Se acabarmos com os jovens, futuro do nosso país, jogando-os em cadeias por toda sua vida adulta, o que teremos como futuro?

Autor: Aparecida Elizabete Garcia Rubira de Oliveira
Papel Social: Educador
Interlocutor: leitores de jornal
Circulação: Jornal “Diário do Povo”
Curso Artigo de opinião - turma A

CURSO ARTIGO DE OPINIÃO


BULLYING - Transtorno escolar

Durante o desenvolvimento, as crianças e adolescentes atravessam fases de insegurança e frustrações e podem reagir demonstrando certa agressividade.
Porém esquecemos que a escola convive com uma violência ainda mais cruel, muitas vezes, ignorada ou não valorizada da devida forma por pais e professores.O grande fenômeno do momento é o Bullying que é mais comum em ambientes escolares (são: agressões físicas e verbais; ameaças; brigas; chantagens; apelidos; trotes; roubo; racismo; intimidações; piadinhas; assédios; xingamentos; alienações; abusos e discriminações) A escola pode ser palco de todos esses comportamentos, transformando a vida escolar de muitos alunos em um verdadeiro inferno.
A violência, assim, pode traduzir-se em ações diversas que vão desde a agressão física, o furto, o roubo (em geral contra o patrimônio da própria escola), o porte de armas, o tráfico de drogas, até ofensas verbais, aparentemente menos graves, mas que revelam atitudes discriminatórias, segregatórias e humilhatórias, cujas conseqüências são dificilmente mensuradas ou percebidas.
Mas o que o fenômeno bullying pode ter com relação direta à violência e a criminalidade no Brasil? Pouco estudado ainda no Brasil e quase que totalmente desconhecido pela comunidade jurídica, o bullying começa a ganhar espaço nos estudos desenvolvidos por pedagogos, assistentes sociais, criminólogos e psicólogos que lidam com o meio escolar e com o ambiente de trabalho, entre outras áreas.
Não se tratam aqui de pequenas brincadeiras próprias da infância, mas de casos de violência, em muitos casos de forma velada praticadas por agressores contra vítimas. Elas podem ocorrer dentro de salas de aulas, corredores, pátios de escolas ou até nos arredores. Elas são, na maioria das vezes, realizadas de forma repetitiva e com desequilíbrio de poder. Essas agressões morais ou até físicas podem causar danos psicológicos para a criança e o adolescente facilitando posteriormente a entrada dos mesmos no mundo do crime.
É importante ressaltar que o Bullying, não é praticado apenas por alunos e entre alunos.
Conforme foi dito anteriormente, ele se traduz em todas as relações desiguais de poder em que uns dos agentes sejam ridicularizados ou sofram qualquer tipo de agressão. Portanto, no ambiente escolar, pode acontecer também entre alunos e professores - inclusive alguns alunos, além de agredir física e verbalmente seus professores na escola - criam perfis em sites de relacionamentos visando ridicularizá -los ainda mais. Em contra partida alguns professores utilizam o recurso avaliação para punir e alienar seus alunos; abusam de seus conhecimentos e "poder" para humilhá-los.
Geralmente o agressor prefere atacar os mais frágeis, pois tem certeza de dominá-los, porém não teme brigar com outros alunos da classe: sente-se forte e confiante.
Quanto aos outros alunos (vítimas) Se não participarem do bullying, podem ser as próximas vítimas. Não denunciam e se acostumam com essa prática violenta, podendo até encará-la como normal dentro do ambiente escolar (e um dia até no ambiente de trabalho. ·).
Na maioria das vezes a vítima aceita todo o seu sofrimento sem dizer nada a ninguém, porém se transforma em uma pessoa triste, constantemente deprimida e sem perspectivas de lutar pelos seus direitos. A partir do momento em que o Bullying começa a ser praticado - independentemente de quem sejam seus protagonistas - ele gera situações de violência que podem se estender por toda a sociedade.
Consequentemente os ambientes escolares que investirem nesses valores tão esquecidos em tempos atuais, estarão contribuindo para que a prática do Bullying venha a se extinguir de nossas escolas.
Do meu ponto de vista; muitos pais se sentem desorientados, dedicaram pouco tempo aos filhos e não deram uma orientação sobre os valores pelos quais deveriam reger a sua vida.
No fundo, a maior parte dos adolescentes precisa de explicações claras e seguras sobre o porquê de uma coisa estar correta e outra não. Eles necessitam dessas orientações e seus pais não estão nem são presentes-como aparecem nas programações de TV. Os pais mostram-se perdidos na educação das crianças de hoje. Estão cada vez mais ocupados com o trabalho e pouco tempo dispõem para dedicarem-se à educação dos filhos.
Os pais não conseguem educar seus filhos emocionalmente e, tampouco, sentem-se habilitados a resolverem conflitos por meio do diálogo e da negociação de regras. não oferecendo nenhum referencial de convivência pautado no diálogo, na compreensão, na tolerância, no limite e no afeto.
A escola também tem se mostrado inabilitado a trabalhar com a afetividade. Os alunos mostram-se agressivos, reproduzindo muitas vezes a educação doméstica, seja por meio dos maus-tratos, do conformismo, da exclusão ou da falta de limites revelados em suas relações interpessoais.
Os professores não conseguem detectar os problemas, e muitas vezes, também demonstram desgaste emocional com o resultado das várias situações próprias do seu dia sobrecarregado de trabalhos e dos conflitos em seu ambiente de trabalho. Muitas vezes, devido a isso, alguns professores contribuem com o agravamento do quadro, rotulando com apelidos pejorativos ou reagindo de forma agressiva ao comportamento indisciplinado de alguns alunos.
Nas escolas de educação infantil e ensino fundamental, os professores e inspetores podem e devem ficar atentos nas atividades em intervalos assegurando-se de que nenhuma criança está sendo excluída ou humilhada.
A direção da escola pode e deve chamar a atenção de alunos que estejam praticando algum ato ofensivo ou preconceituoso e alertar também seus pais.
As escolas ainda podem promover os Jogos cooperativos, Atividades de inclusão, Mixando sempre os grupos, evitando as “panelinhas”, Palestra a respeito de boas idéias de como trabalhar em grupo. Mostrar reportagens a respeito das conseqüências sofridas pelos bullies nas mais diversas situações; manter um diálogo aberto e franco com as crianças e adolescente envolvido, com o intuito de se procurar uma solução que seja aceita pelo grupo naquele ambiente escolar.
Os pais devem estar alerta para o problema – seja o filho vítima ou agressor, pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológicos. Além da escola os pais também devem contribuir para reduzir a pratica da violência. Eles precisam: Mostrar-se sempre aberto a ouvir e a conversar com seus filhos; Fique atento às bruscas mudanças de comportamento; Observar e dialogar, para saber o que está por detrás dessa atitude.
É importante que as crianças e os jovens se sintam confiantes e seguros de que podem trazer esse tipo de denúncia para o ambiente doméstico e que não serão pressionados, julgados ou criticados; Comente o que é o bullying e os oriente que esse tipo de situação não é normal. Ensine-os como identificar os casos e que devem procurar sua ajuda e dos professores nesse tipo de situação; Se precisar de ajuda, entre imediatamente em contato com a direção da escola e procure profissionais ou instituições especializadas.
Para tentarmos resolver este preocupante problema é necessário um trabalho em conjunto – Família, aluno, escola e comunidade.
O esclarecimento pode, em muitos casos, poder facilitar o controle dessas situações. Para que isso possa ser conseguido é necessário que haja um diálogo franco entre os envolvidos. Isso evitará que os envolvidos tenham uma mensagem da sociedade que os problemas devem ser resolvidos com violência ou com a anulação moral dos mais fracos. A atuação preventiva nesses casos é a melhor saída.
Agindo assim contribuiremos para reduzir a prática futura de crimes violentos decorrentes das situações de bullying.

Professora Maria de Lourdes
Especialista em Língua Portuguesa
Leciona na Escola Paz
Curso Artigo de opinião - turma A

Curso: Artigo de Opinião e as Competências Leitoras e Escritoras



O SISTEMA DE COTAS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

Há décadas ouvimos o discurso da necessidade de melhoria do ensino no Brasil, e enquanto isso, a desigualdade permanece.

Ao adotar cotas, pura e simplesmente, pode ocorrer a degradação do nível das universidades públicas além de não resolver séculos de discriminação econômica, social e racial.
O Sistema de Cotas é uma política oficial, nascida de um Projeto de Lei, o PL 73/99, da deputada Nice Lobão (PFL-MA), que estabelece um sistema de reserva de vagas para universidades públicas, baseado no desempenho escolar dos alunos do Ensino Médio. Com o substitutivo do deputado Carlos Abicalil (PT-MT) ao projeto original, há a destinação de 50% das vagas para quem cursou o Ensino Médio em escolas públicas. Dentro desse percentual, são reservadas vagas a alunos que se declararem negros ou índios, em uma proporção igual à população de negros e indígenas em cada estado brasileiro, segundo os indicadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se um assunto bastante polêmico e que traz à tona questões raciais, sociais e educacionais; por isso, deve ser amplamente discutido.
O Brasil tem uma população negra de 46%. Apenas 6,8% da população com mais de 25 anos tem nível superior, sendo 82,8% brancos, 14,3% negros e 2,9% outros. Além disso, o rendimento médio mensal da população negra ocupada é 50% menor que o salário médio da população branca. A situação da comunidade negra no Brasil é evidente, mas a reserva de vagas por critério racial não é suficiente para a inclusão social, além de correr o risco de redundar em injustiça com outros grupos também excluídos.
Alguns aspectos sobre as cotas, chamados de “mitos” por algumas pessoas, devem ser pensados e debatidos, tais como: Introduz uma característica de distinção racial extremamente perigosa; Baixam o nível acadêmico das nossas universidades, A sociedade brasileira é contra as cotas porque constituem uma medida inócua, porque o verdadeiro problema é a péssima qualidade do ensino público do país; As cotas não podem incluir critérios raciais ou étnicos devido ao alto grau de miscigenação; Favorecem aos negros e discrimina mais aos brancos pobres; Vão fazer da nossa, uma sociedade racista; são inúteis porque o problema não é o acesso, senão a permanência; São prejudiciais para os próprios negros, já que os estigmatizam como sendo incompetentes e não merecedores do lugar que ocupam nas universidades; É um critério inconstitucional; Produz benefícios localizados e perdas difusas para toda a Nação.
Há décadas ouvimos o discurso da necessidade de melhoria do ensino no Brasil, e enquanto isso, a desigualdade permanece. Em 28/04/09 o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira divulgou os resultados do último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM 2008). Entre as 1000 piores instituições de ensino, 993 são públicas e 7 são particulares. Quanto ao ranking das 50 piores, pertence exclusivamente às instituições públicas.
Esses alunos não têm condições
de disputar vagas em instituições públicas de ensino superior e nem no mercado de trabalho.
Dessa forma, o sistema de cotas torna-se uma solução criativa para não perder eleitores sem ter que investir no sistema de ensino público, principalmente fundamental e médio, que poderá ocasionar a falência do ensino superior e da mão-de-obra qualificada.
A cada concurso de vestibular aumenta o número de candidatos, enquanto o número de vagas continua estagnado. Além disso, nas universidades públicas, os cursos mais procurados são diurnos, alguns com dois turnos. Assim, quem precisa trabalhar, não pode fazê-los. Uma das soluções seria ampliar o número de vagas, criando cursos noturnos e, paralelamente, melhorando a qualidade do ensino público dos níveis fundamental e médio.
Criar cotas, não é solução; cria-se um novo problema, sem solucionar o anterior: ratifica-se a discriminação racial e social.

EDILENE FERREIRA ANTUNES DE SOUZA, 42, professora,
pedagoga e diretora de escola da rede pública do Estado de São Paulo.
Curso Artigo de opinião - Turma A

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Novidades da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro em 2010


Olimpíada, no próximo ano, terá sua segunda edição e manterá uma regra básica: dela só poderão participar alunos de escolas públicas, da segunda etapa do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Outra regra mantida é que, para participar do concurso, os professores interessados precisam trabalhar uma sequência didática com toda sua turma, desenvolvendo a capacidade de seus alunos escreverem um dos gêneros textuais propostos.
Mas, mesmo conservando essas regras básicas, a Olimpíada estará cheia de novidades: uma delas é que poderão participar alunos de 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio que não estavam incluídos na primeira edição, em 2008.
Tradicionalmente, a Olimpíada - desde que era o Prêmio Escrevendo o Futuro - propunha três gêneros textuais para a escrita de alunos: poesia, memória e artigo de opinião. Agora, com duas novas séries participando, foi incluído mais um gênero, a crônica literária.
Para o próximo ano, a distribuição dos gêneros pelos anos escolares que poderão concorrer à Olimpíada em 2010 fica assim:

Poesia: 5º e 6º anos do Ensino Fundamental

Memórias: 7º e 8º anos do Ensino Fundamental

Crônica: 9º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio

Artigo de opinião: 2º e 3º anos do Ensino Médio

O convite para participação da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro em 2010 é estendido a todas as escolas públicas brasileiras.

Você, professor que trabalha com ensino de língua, é o principal convidado!
Fique atento para a abertura de inscrições!